sexta-feira, 28 de setembro de 2007

NA MIRA -- Enxurrada Insana de Mangás!! (PARTE I)

QUASE coloquei essa resenha na sessão "Para Ler"... mas depois me ocorreu que muita coisa que vou citar aqui eu não é leitura que eu recomende pra ninguém!

Mas enfim, alguém reparou na avalanche de títulos que vem sendo lançados nos últimos meses?

A Panini soltou Trigun e Colégio Feminino Bijinzaka no começo do primeiro semestre, e uns dois meses atrás voltou a mandar ver com Gantz, Bleach, Naruto, Conde Cain e Blood -- The Last Vampire.




Não deu nem um mês e pouco e em setembro agoras já descarregou novos lançamentos: o semi-yaoi Princess Princess (pra bater de frente com o assumidíssimo Gravitation da JBC, talvez?) , Vampire Knight (a última moda no Japão) e ainda prometeu a volta de Peach Girl, que estava no limbo desde o ano passado.




Já a JBC apostou em Fullmetal Alchemist e Death Note como os grandes lançamentos do ano, além do polêmico Gravitation, as continuações de sempre de CdZ e títulos mais interessantes porém discretos, com Socrates in Love e Samurai Girl.





A Conrad tem mantido sua política mais voltada ao alternativo, continuando com Monster (um dos integrantes do meu top 5 de leituras mangáticas preferidas) e fazendo uma boa aposta com Paradise Kiss, lançado esta semana. (eu daria meus mais sinceros parabéns à Conrad, não fosse meu "rancor" com o sumiço de Sanctuary -- outro item do meu top 5. Mas vá, eles
lançaram Cinderalla ano passado, então, parabéns!)


. . . Estou vendo a hora a banquinha de jornal desmoronar com o peso de tanto mangá.



Tudo bem que quando o dólar baixa é o melhor momento de se investir na compra de títulos (ainda mais títulos fortes), e que é bom manter o mercado alimentado.

...Mas por mais que pareça contrasenso reclamar da fartura de mangás nas bancas, eu francamente me pergunto: vale a pena lançar tanta coisa seguida uma da outra? Mal o leitor experimentou um mangá, já aparece outro,e outro, e outro -- o que pode causar um efeito do leitor deixar de acompanhar o primeiro pra poder "experimentar" o segundo.

Será que dá tempo de "fidelizar" o cliente e fazê-lo comprar mais de uma série ao mesmo tempo, ou simplesmente causa um efeito "bufê de sorvetes", onde o leitor experimenta um pouco de tudo mas não se prende a nada?

Mas na realidade, o que mais me incomoda sobre isso tudo é a questão da qualidade versus volume de trabalho, que eu vou abordar no próximo post....

4 comentários:

mariana dias disse...

e ninguém tem dinheiro pra acompanhar todos :/ uma pena.
fora que também a distribuição não é lá o ponto forte dessas editoras.



oi petra, esses dias eu (silver_bullets) comentei no seu fotolog que estou amando seu blog. :) acompanho diariamente. ^^

Jefferson Kayo disse...

Já pensei nisso que vc disse a respeito da fidelidade dos leitores...

É realmente uma coisa a se pensar...

*E hj sem falta eu inauguro algum blog. hahaha

(e eu perdi meu flog... haha agora estou com o /shinobi_89)

Beijos!

Petra Leão disse...

Nossa, receber comentários como o da Mariana fazem o dia da gente valer a pena! ^__^

Que bom que você tá vindo aqui sempre, Mariana! Brigadão mesmo! Espero que continue voltando sempre (vou me empenhar pra continuar fazendo posts minimamente interessantes!) ^^


E você, seu Jeffa, acho bom abrir seu blog novo mesmo, hein! Tou aqui esperando! (E que aconteceu com teu flog, rapá? O_o)

Quanto ao que você comentou, pois é... é intrigante mesmo.

A verdade é que tem editora que até pode se dar ao luxo de levar prejuízo, porque outras publicações da empresa mantém o caixa positivo... mas por uma questão de prospecção e marketing mesmo, não seria minimamente vantajoso dar uma pausa maior entre um lançamento e outro?

Posso estar errada, mas acredito que se o sujeito acompanha um título por mais de três meses, as chances dele continuar acompanhando mesmo surgindo outro (que ele também pode vir a consumir, pelo menos o nº 1, movido pela curiosidade) são maiores...

Mas vai saber como funciona a coisa, financeiramente falando e na ponta do lápis. Isso deve variar muito de editora pra editora...

Florisvaldo^_^! disse...

Foi com essa política "bufê de sorvetes" que eu virei este feroz leitor de mangá que sou hoje...mea maxima culpa. Bom, sempre digo que tinha um bom motivo, dez anos atrás não existia nada, o mangá era um vácuo no Brasil. E como quem nunca lambeu mel, quando come se lambuza...

Sempre olho pra minha coleção de mangás com um misto de orgulho e pavor. Orgulho porque está nela mais ou menos 60% da produção de mangás trazidos pra cá desde 2001, e hoje são pequenos pedacinhos de história, seja da minha própria vida, seja da história do movimento otaku do Brasil. E pavor porque "como eu arrumei tempo e dinheiro pra ler quase tudo isso??"

E sim, a quase saturação de mangá na banca me atrapalha um pouco. O curioso é que "preço" quase nunca pesou pra que eu parasse de comprar tal mangá. Eu levo em conta mais o desenho em si, os traços, e se a história é boa e como ela flui. Parei com Inu-Yasha, por exemplo, porque estava achando morno demais.

Queria mais espaço entre um lançamento e outro. Isso dá tempo de preparar os leitores e o burburinho só aumenta, o que também contribui pras vendas. Mas o mercado não pensa assim. Brincando com a famosa frase de Nikita Kruschev: capitalismo é bom, mas sem manteiga é melhor^^...